O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) e a TAP concordaram com algumas questões, incluindo “o fim da intenção de demissão coletiva”, após a companhia aérea anunciar que contratará mais profissionais este ano.
Em comunicado, o sindicato mencionou que a direção do SPAC “tem defendido a contratação de pilotos, baseada na recorrência da TAP em violar e interpretar de forma questionável o Acordo de Empresa, para viabilizar a operação deficitária planeada”.
Dessa forma, o sindicato não se surpreendeu ao ser informado de que “a TAP contrataria em 2023”.
“Portanto, com a contratação de novos pilotos, limitada legalmente apenas durante o ‘lay-off’, ocorreriam novamente situações de injustiça evidente, que além de imorais, consideramos intoleráveis”, afirmou o SPAC, exigindo que a TAP “restabelecesse a justiça em relação à contribuição dos pilotos, categoria que tem enfrentado cortes salariais maiores do que o restante dos trabalhadores”.
O sindicato destacou a situação dos pilotos “que, mesmo reintegrados, ainda são alvo de um processo de demissão coletiva, e também dos mais jovens na empresa, que, devido ao congelamento de suas progressões, teriam salário igual aos recém-contratados”.
O SPAC ressaltou “a concessão da empresa a melhores condições de trabalho para outras categorias profissionais, atendendo a expectativas mais favoráveis do que as mantidas para os pilotos”.
Assim, “várias reuniões foram realizadas para restaurar o poder de compra dos pilotos sem contrapartidas para a empresa, exceto pelo trabalho”, que consideram “de excelência”.
O sindicato enfatizou que este é o pré-acordo possível, no momento em que a CEO, Christine Ourmières-Widener, está prestes a deixar o cargo, mas destacou algumas medidas, começando pelo “fim da intenção de demissão coletiva” e as “mesmas medidas aplicadas recentemente a outras categorias profissionais”.
O SPAC estabeleceu também uma nova tabela de subsídios de despesas a partir de abril, com a possibilidade de voltar ao modelo anterior se não for vantajoso para os pilotos, entre outras coisas.
O sindicato afirmou, contudo, que há ainda muito trabalho a ser feito, mas considera que estas ações melhoram significativamente a situação dos pilotos no presente.
“O SPAC age e agirá de boa-fé, pretendendo dar um voto de confiança ao futuro Administrador Executivo, Luís Rodrigues, que será nomeado em breve, acreditando que ele fará tudo ao seu alcance para reverter a desvalorização da nossa profissão”, destacou.
As medidas serão apresentadas na próxima assembleia de empresa do SPAC.