O primeiro-ministro de Portugal, António Costa, enfatizou que o Estado português deverá manter uma “participação estratégica pública” na TAP Air Portugal durante o processo de privatização da companhia aérea. A importância dessa participação dependerá do parceiro escolhido, podendo ser mais ou menos relevante.
Durante um debate parlamentar sobre política geral, realizado na quinta-feira, 23 de março, Costa negou qualquer mudança de posição e reiterou a intenção do Estado em reprivatizar a empresa. Ele destacou que a TAP será o que deve ser e que o Estado manterá uma reserva estratégica pública, com a companhia aérea a ser reprivatizada conforme o estritamente necessário.
O primeiro-ministro, que lidera o país após a maioria absoluta do Partido Socialista nas eleições legislativas, defendeu que o Estado deve ter uma posição na transportadora aérea não para geri-la no dia a dia, mas para garantir os objetivos estratégicos para o país. Entre esses objetivos estão a continuidade territorial com as regiões autónomas, a relação com a diáspora e a manutenção de Portugal como um hub estratégico para a América do Sul, Brasil e, preferencialmente, América do Norte.
Costa ressaltou a importância da participação do Estado no capital da TAP e afirmou que a presença do Estado dependerá do parceiro escolhido. A privatização da TAP, atualmente em processo de reestruturação, já atraiu o interesse de diversos grupos aéreos, incluindo a Air France-KLM, a IAG – que reúne empresas como British Airways, Iberia, Aer Lingus, Vueling e Level – e a Lufthansa.