Greve na EasyJet e TAP Air Portugal afeta voos no início de abril

© easyJet

O pessoal de cabine da companhia aérea low cost EasyJet em Portugal anunciou uma greve entre os dias 1 e 3 de abril, enquanto os pilotos da TAP Air Portugal planeiam paralisar as suas atividades entre os dias 7 e 10 de abril, durante o fim de semana da Páscoa.

Embora em datas diferentes, ambas as greves têm consequências semelhantes para os profissionais da aviação portugueses, cujas reivindicações estão relacionadas com os salários. Depois dos pilotos da companhia nacional, é a vez dos tripulantes da britânica EasyJet marcarem uma greve para o próximo fim de semana, com o objetivo de obter um aumento salarial que compense o aumento do custo de vida e melhores condições de trabalho.

De acordo com o sindicato SNPVAC, a votação a favor da greve teve uma resposta esmagadora: 177 votos a favor e apenas um contra. O sindicato denunciou “o impasse e a posição intransigente e incompreensível por parte da EasyJet” no seu aviso de greve. A direção da companhia aérea diz estar a “analisar” com as autoridades as formas de manter o serviço mínimo obrigatório no país, lamentando a perturbação e “garantindo uma porta aberta à discussão”. “Estamos agora em conversações com o sindicato [Sindicato Nacional do Emprego de Voo da Aviação Civil – SNPVAC] e as autoridades portuguesas, a fim de estabelecer serviços mínimos”, afirmou o diretor da EasyJet em Portugal, José Lopes, à agência Lusa.

“É nisso que estamos a trabalhar, para garantir uma operação que proteja da melhor forma possível as pessoas que escolhem voar com a EasyJet durante esse período. Esperamos que as coisas corram da melhor maneira durante esse tempo, no qual, obviamente, teremos algumas perturbações”, acrescentou o responsável da low cost.

Portugal, tal como outros países europeus, enfrenta uma onda crescente de contestação social. Professores já fizeram greve no final de 2022, seguidos por outras profissões, com manifestações em Lisboa ultrapassando os 100.000 participantes em janeiro e 150.000 em fevereiro. Os trabalhadores ferroviários paralisaram centenas de comboios nos últimos dois meses, acompanhados pelos funcionários da justiça, do setor fiscal e, em breve, pelos profissionais da aviação.

Share this article
Shareable URL
Prev Post

SkyTeam recebe prémio de “Aliança do Ano” nos Air Transport Awards 2023

Next Post

EasyJet reabre base sazonal em Faro com 21 rotas durante o verão

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Read next