O Ministério das Infraestruturas já deu o seu aval, mas ainda falta a decisão do Ministério das Finanças. A greve, inicialmente marcada para o período de 7 a 10 de abril, encontra-se suspensa até que o Governo ratifique a proposta.
O acordo entre os pilotos e a administração da TAP foi alcançado após meses de negociações. No entanto, a greve foi aprovada pelos pilotos na última quinta-feira, devido à demora na ratificação por parte do Governo. A mudança na direção da TAP, com a saída da atual CEO e a entrada de Luís Rodrigues como novo presidente executivo, também influenciou a decisão dos pilotos.
Embora o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) considere as medidas acordadas insuficientes, manifestou o desejo de dar um “voto de confiança” ao novo CEO. Entre as medidas negociadas estão o fim da intenção de despedimento coletivo, o pagamento aos OPTs com funções de comando em cruzeiro e o pagamento da assistência geral no aeroporto e simuladores.
O pré-acordo prevê ainda uma nova tabela de ajudas de custo a partir de abril e a reavaliação e compensação em abril e maio das rubricas com os códigos 2009 e 2089, com retroatividade a março no caso de não se chegar a acordo de novo Acordo Empresa (AE) no final de maio.
Enquanto aguardam a decisão do ministro das Finanças, Fernando Medina, os pilotos mantêm a greve suspensa. Entretanto, os efeitos da marcação da greve já se fazem sentir no negócio da TAP, com potenciais passageiros evitando reservar voos na companhia aérea para os dias da greve prevista.