Passam-se hoje 46 anos desde que ocorreu o trágico acidente no aeroporto de Los Rodeos, em Tenerife, que resultou na morte de 583 pessoas e entrou para a história como o pior desastre aéreo de sempre.
A colisão entre o voo 4805 da KLM e o voo 1736 da Pan Am ocorreu no dia 27 de março de 1977, quando um Boeing 747 da KLM, que estava a realizar um voo charter de Amesterdão para Gran Canaria, colidiu com um Boeing 747 da Pan Am que fazia a ligação entre Los Angeles e Nova Iorque, com escala em Las Palmas.
Os dois aviões encontravam-se no aeroporto de Los Rodeos, na ilha de Tenerife, devido a um desvio causado por uma ameaça de bomba no aeroporto de Las Palmas, em Gran Canaria. Com a pista congestionada e a visibilidade reduzida devido a um denso nevoeiro, a tripulação da KLM iniciou a descolagem sem autorização, colidindo com o avião da Pan Am, que ainda se encontrava na pista.
O impacto causou a explosão dos dois aviões, resultando na morte de todos os 248 ocupantes do voo da KLM e de 335 dos 396 passageiros e tripulantes do voo da Pan Am. Apenas 61 pessoas a bordo do avião da Pan Am sobreviveram ao acidente.
As investigações subsequentes apontaram falhas de comunicação entre as tripulações e a torre de controle como um dos principais fatores que contribuíram para a tragédia. Desde então, várias medidas foram implementadas para melhorar a segurança na aviação, incluindo a padronização das comunicações entre pilotos e controladores de tráfego aéreo e o reforço das normas de segurança em pista.
Passados 46 anos, o desastre aéreo de Tenerife continua a ser um marco trágico na história da aviação e um lembrete da importância das medidas de segurança e da comunicação eficiente no setor.