O Ministro das Infraestruturas, João Galamba, reiterou que a TAP não tem intenções de reembolsar o Estado pela injeção pública de 3,2 bilhões de euros. Enfatizou também a necessidade da companhia aérea ser mais sustentável e alinhar os futuros acordos trabalhistas com os das empresas similares.
Durante uma audiência na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação no Parlamento, Galamba afirmou que não seria sustentável devolver o dinheiro aos portugueses sem modificar as relações e contratos trabalhistas existentes. Ele negou que o lucro de 65,6 milhões de euros da empresa seja resultado de cortes de emergência, atribuindo-o às receitas acima do esperado.
Em relação aos cortes salariais de 20% para os trabalhadores da TAP, o ministro mencionou ajustes já realizados, com uma redução de 5% nesses cortes, e indicou que os futuros Acordos de Empresa (AE) serão discutidos em negociações com os sindicatos. Galamba destacou a importância de alinhar os novos AE com a sustentabilidade da empresa e a média do setor.
O ministro enfatizou que a TAP precisa aumentar a produtividade, as horas de voo e adaptar as suas práticas às empresas similares. Afirmou que, antes do plano de reestruturação aprovado pela Comissão Europeia, a TAP enfrentava problemas de sustentabilidade em geral e na área laboral.